Por:Jornal NC - Publicado em 06/02/2025 2y1f4h
O presidente da Argentina Javier Milei anunciou a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo anúncio do porta-voz presidencial, Manuel Adorni, em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (5), sob o argumento de “soberania sanitária”. A decisão, segundo Milei, “baseia-se nas profundas diferenças em relação à gestão da saúde, especialmente na pandemia” de Covid-19, acrescentou o porta-voz. “Nós, argentinos, não permitiremos que uma organização internacional interfira em nossa soberania, muito menos na nossa saúde”, enfatizou. O porta-voz também disse que “dá ao país maior flexibilidade para implementar políticas adaptadas ao contexto de interesses que a Argentina requer, assim como maior disponibilidade dos recursos, e reafirma nosso caminho para um país com soberania em questão de saúde”. A decisão do governo argentino está sintonizada com o decreto firmado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que os EUA deixem a OMS e, ao mesmo tempo, congelem o financiamento estadunidense para programas de combate a Aids em países em desenvolvimento. A saída dos Estados Unidos, o maior contribuinte do órgão internacional de saúde, forçou a OMS a rever seus programas e prioridades, disse a agência da ONU. O porta-voz do governo ultradireitista tmabém argumentou que a Argentina “não recebe financiamento” por parte da OMS, e explicou que “por isso, [a retirada] do país não apresenta uma perda de fundos nem a qualidade dos serviços [de saúde]” que o Estado oferece. “Além disso, dá mais flexibilidade ao país para adotar políticas e reafirma o caminho da soberania sanitária”, acrescentou. “As decisões argentinas devem ser tomadas por argentinos”, reafirmou. A Argentina é um dos 194 membros da OMS, além de integrante do Conselho Executivo do órgão, por causa de suas políticas sanitárias públicas e participação histórica ativa dentro da OMS.
Veja Também: EUA: imigrantes entram com ação para bloquear deportações aceleradas
Saída segue decisão dos EUA
A decisão do governo argentino acontece logo após Donald Trump ordenar a saída dos Estados Unidos da OMS. No primeiro dia de seu segundo mandato, o presidente norte-americano determinou a interrupção imediata de transferências de fundos e apoio financeiro à entidade. Segundo Trump, a OMS teria sido pressionada pela China no início da pandemia, levando a decisões equivocadas que prejudicaram a resposta global à Covid-19. O republicano já havia ameaçado retirar os EUA da organização durante seu primeiro mandato, mas a medida só foi oficializada agora, com a promessa de redirecionar os recursos para outras iniciativas de saúde. Com a saída dos Estados Unidos, a OMS perdeu seu maior financiador, já que o país era o principal contribuinte do órgão ligado à ONU. A retirada da Argentina reforça a tendência de afastamento de organismos multilaterais adotada por alguns governos de direita ao redor do mundo, principalmente os alinhados à gestão de Trump.
Curta nossa Fanpage no Facebook
Publicidade
CidadesCidades
Gustavo Mioto abre o Arraiá Barueri com show romântico no Dia dos Namorados
InternacionalInternacional
Mais de 290 pessoas morrem em queda de avião que ia para Londres
EspeciaisEspeciais
Lula anuncia investimentos da União previstos no Acordo do Rio Doce
CidadesCidades
Agentes de trânsito da Semurb darão apoio operacional no Arraiá Barueri 2025
CidadesNacional
Manifestações da última terça-feira são marcadas pela violência
EspeciaisEspeciais
Toffoli recua e revoga decisão sobre o a dados sigilosos de 600 mil
Publicidade